sua história, nossa história
Matheus Araújo, 23 anos, está no sexto período de Relações Internacionais na UFU e veio de Araxá, interior de Minas Gerais. Matheus tinha Relações Internacionais como segunda opção de curso: “Inicialmente eu gostaria de fazer jornalismo. Mas as vagas são anuais e eu não havia feito a prova, pensei em fazer algo parecido com jornalismo, relacionado a história, geografia, para aprender a escrever melhor também. R.I era minha segunda opção”. Mas ainda mantém o gosto por comunicação e está em uma Iniciação Científica na área do jornalismo, mesclando comunicação, futebol e política.
A UFU foi sua primeira opção, “minha mãe havia comentado que tenho familiares aqui antes de fazer a prova e sempre foi a primeira opção.”. Ele já conhecia a cidade e a universidade, essa proximidade fez com que o desejo surgisse. Hoje, já não mora mais com familiares na cidade, mas com 3 amigos, com quem divide um apartamento nos arredores do Campus Santa Mônica. Seu curso é de período integral e seus pais o ajudam a se manter na cidade.
Foi um grande passo, morar longe dos pais depois de tanto tempo, com mais responsabilidades e em uma cidade diferente do padrão que estava habituado: “Acho que morar sozinho pesou muito mais do que o fato de a cidade ser bem maior, porque eu já tinha vindo aqui antes, conhecia alguns pontos de referência da cidade e acho que o fato de ter morado com os meus pais quase 20 anos e depois vivenciar outra realidade pesa muito.”
Quando indagado sobre qual aspecto achava pior na cidade disse que talvez o calor, que ao menos no começo, era muito incômodo.
Quando falamos sobre seu cotidiano, o que poderia ser considerado marcante, até então, e positivo na cidade, ele diz: “Minha rotina aqui é casa-faculdade e faculdade-casa, não saio muito do Santa Mônica (bairro do campus). Então, o que eu vejo de melhor está bem aqui na faculdade mesmo, a oportunidade de conhecer gente nova, receber conhecimento de várias formas…”. Além disso, participa do time de futebol da atlética do seu curso, a Monetária, como afirma ser uma atividade que o traz bem-estar: “Acho que deveria ficar mais envolvido com essas atividades fora de sala. Gosto de jogar bola e me sinto muito bem praticando atividade física, e por isso escolhi a atlética como forma de escape da sala de aula.”
Porém, Matheus diz não ser nada fácil ficar longe da família por tanto tempo:
“Me sinto muito solitário, porque eu recebia apoio da minha família não só financeiro, que ainda recebo, mas moral mesmo, poder conversar com meus familiares, estar perto deles, sinto muita falta”
Ele estava a cerca de 2 meses sem voltar pra casa, mas se dependesse apenas de sua vontade, com certeza, não ficaria tanto tempo longe. Segundo ele, quando vai pra sua cidade, volta muito tranquilo e bem mais produtivo, conseguindo lidar bem com a rotina: “Mas quando passa um mês, um mês e meio já começo a sentir um pouco essa falta e começam minhas paranoias normais do universitário.”
Ele já está na reta final de seu curso, e é provável que forme ainda em 2020. Apesar das dificuldades sabe que vale a pena e consegue aproveitar e tirar o máximo que essa experiência tem a oferecer. Matheus olha com otimismo pro futuro, “Falo muito para uns amigos meus que estava precisando trabalhar, arrumar um dinheiro e umas coisas aqui, criar mais responsabilidade e ser estável na cidade mesmo. Não penso muito em viajar pós-formatura. Então, fico bem ansioso e animado pelas coisas que estão por vir.”